(Do Livro Melodias do Coração)
Mais de oito décadas depois
de exposto à intempérie,
com invernadas de bois
e piquetes de doma,
deixaste um redoma
de ensinamentos em série.
Das lidas com o gado
e seu amor aos animais,
ensinaste aos demais
as sabedorias da vida.
De retidão serviçal
encheste o bornal
da deliciosa bebida.
Tropeiro da esperança,
lotou de bonança
o coletivo familiar.
Cultivou a mata ciliar
dos rios da amizade.
Deixou roças de verdade
nas rodas de chimarrão.
És tronco lapidado
pela existência,
qual bela madeira de imbuia.
Sorve o chimarrão da vida,
meu Pai, ainda é cedo,
por que não toma mais uma cuia?
Anair Weiricch
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